Last Updated on 29 de julho de 2024 by Lucimara da Cunha
Os chamados peelings são produtos que contêm em sua composição ácidos ou outros ingredientes que promovem a renovação celular. Em outras palavras, eles têm o poder de retirar as células mortas que estão depositadas na superfície da pele, promovendo o afinamento e o clareamento dela, além de deixar um aspecto mais liso e uniforme.
Os peelings químicos ficaram famosos pelos resultados rápidos dos peelings do tipo profundos que descamam e, no curto prazo, deixam a pele como a de um bebê. Por outro lado, esses peelings podem causar efeito rebote, deixando manchas na pele depois de alguns meses se a pessoa não for cuidadosa após a realização do procedimento, ou ainda, se a pele tiver tendência ao desenvolvimento de melasma.
Neste conteúdo vamos desmistificar os peeling falando sobre:
- Por que nem todos os peelings descamam?
- Ácidos de ação superficial
- Ácidos de ação média e profunda
- Desmistificando os peelings superficiais
- Peeling para manchas e melasma
- Peeling para acne
- Peeling anti-idade
- Peeling para estrias
- Combinação de peelings com a gluconolactona
Por que nem todos os peelings descamam?
Porque nem todos os peelings são iguais. Além de vários tipos de ácidos com ações distintas, também existem diferentes níveis em que esses produtos conseguem agir na pele.
Eles se classificam conforme o nível de profundidade atingido pelos ácidos. De forma geral, podemos dividir os peelings em dois principais: os de ação superficial e os de ação profunda.
As principais diferenças entre esses dois tipos são a concentração usada de ácidos para o procedimento, o pH que os torna mais ou menos agressivos e a forma como agem na pele.
Ácidos de ação superficial
Esses produtos removem as células que ficam na superfície, aquelas que já não trazem mais benefícios e que deixam a pele grossa e manchada. Também penetram nas camadas abaixo de forma mais lenta, trazendo outros benefícios que vão depender de cada ácido, porém sem causar irritação e inflamação.
Eles removem as células mortas como se elas fossem escamas e não prejudicam a barreira de proteção da pele.
Ao mesmo tempo, ao serem removidas da camada superior, as células que ficam nas camadas mais profundas recebem uma mensagem indicando que precisam produzir novas células, e com isso se forma o que é chamado de renovação celular. Abaixo há uma ilustração que mostra como acontece a renovação celular dentro da pele e como as novas células chegam à superfície.
A concentração de ácidos permitida para esses procedimentos é de até 10% e um pH igual ou acima de 3,5, podendo ter variações dependendo do tipo de ácido utilizado na formulação.
Devido ao fato de esses peelings serem mais seguros, todos os tipos e fototipos de pele podem receber o tratamento. Porém, uma avaliação de um profissional de estética é de suma importância para a escolha dos melhores ácidos de acordo com as necessidades de cada pele.
Ácidos de ação média e profunda
Realizados por médicos, são mais agressivos e removem as células da pele além da camada superficial, destruindo também as células sadias da epiderme, podendo atingir até a derme. Como consequência, o corpo responde com um processo inflamatório para reconstrução das camadas que foram removidas. Justamente por essa reconstrução rápida, no curto prazo a pele fica livre de manchas e renovada.
Por outro lado, após a aplicação do peeling, a pele fica desprotegida e sem sua camada de proteção ativa. Ao contrário dos peelings superficiais, nesse procedimento é necessário ter alguns cuidados após a realização do peeling, que exige que a pele fique um tempo sem pegar sol.
Como a pele fica desprotegida, o uso de ácidos com ação profunda é usualmente feito no inverno, quando a incidência dos raios solares é menor, o que diminui o risco de causar manchas após o procedimento. Antigamente era muito comum fazer esse tipo de tratamento, e é por esse motivo que o inverno ficou sendo conhecido como a estação dos peelings.
Em peeling médio e profundo as concentrações de ácidos são maiores, e geralmente esses tipos de peeling possuem um pH abaixo de 3,0, o que os torna mais descamativos e irritativos para a pele. Em contrapartida, não é em toda pele que se recomenda fazer esse tipo de procedimento, sendo de extrema importância a avaliação de um profissional qualificado e treinado para realizar o tratamento.
Desmistificando os peelings superficiais
No passado, acreditava-se que os peelings superficiais não eram eficientes. E diga-se de passagem que antigamente eles poderiam não ser mesmo. Mas com as novas tecnologias de permeação e com ingredientes cada vez mais biologicamente ativos, hoje é possível ter excelentes resultados com os peelings superficiais. E o melhor é que se pode aplicar esses peelings durante o ano inteiro sem riscos de provocar manchas na pele.
É sobre esse tipo de peeling químico que vamos falar na sequência. Selecionamos 4 dicas dos peelings mais modernos disponíveis no site da Extratos da Terra e suas indicações.
Peeling para manchas e melasma
Uma das premissas no tratamento das manchas, e principalmente do melasma, é evitar a agressão para não estimular a produção de melanina.
Dessa forma, os peelings clareadores precisam remover as células manchadas, mas ao mesmo tempo têm que evitar uma nova mancha.
Nesse sentido, um dos ácidos mais modernos e eficientes é o ácido tranexâmico. Ele possui duas funções importantes:
1 – Em primeiro lugar, evita a formação da melanina (pigmento que causa a mancha) por inibir a ação de fatores de crescimento e proteínas que ativam a tirosinase, que é a principal enzima que forma esse pigmento.
2 – Em segundo lugar, evita a transferência do pigmento já formado para as células, ou seja, impede que as células manche novamente.
Outro ácido importante no tratamento de manchas é o mandélico. Ele age na retirada das células já manchadas da pele, localizadas nas camadas mais superficiais. Com isso, estimula também a renovação celular.
Dessa forma, pode-se perceber que o ácido mandélico e o tranexâmico se complementam e formam uma combinação perfeita nos tratamentos clareadores. Em outras palavras, o ácido mandélico estimula a troca das células com manchas escuras por novas células que o ácido tranexâmico evitou que fossem manchadas no processo de renovação celular.
O ácido mandélico também penetra lentamente na pele e auxilia o tranexâmico no controle da produção de melanina. Dessa forma, evita a produção de pigmentos em excesso que causam o escurecimento localizado na pele.
Tranex Peel
A combinação desses dois ácidos está presente no Tranex Peel, que contém 4% de ácido tranexâmico e 6% de ácido mandélico. Além dos ácidos, o Tranex Peel possui os ingredientes biolumitá® e ferula foetida. Esses últimos ingredientes agem em outros mecanismos para evitar a ativação da tirosinase, diretamente envolvida na produção do pigmento que causa as manchas.
O Tranex Peel pode ser usado no tratamento do melasma e em todos os tipos e fototipos de pele, pois tem pH entre 4 e 5, o que não causa irritação nem desconfortos na hora da aplicação.
Peeling para acne
No tratamento da acne é necessário que os ácidos diminuam a queratinização das células e a espessura da pele. Isso porque esse acúmulo de células mortas e de sebo faz o tamponamento dos poros, criando um ambiente perfeito para desencadear o processo inflamatório característico da acne.
Um dos principais ácidos para o tratamento da acne é o salicílico. O ácido salicílico é um esfoliante que age nas camadas mais superficiais da pele, facilitando a remoção das células mortas e promovendo a limpeza dos poros. Além disso, ele controla a oleosidade excessiva e ajuda no controle de bactérias envolvidas no processo inflamatório da acne. É um ácido que age em vários aspectos que levam à formação das espinhas.
Do mesmo modo, o ácido glicólico também atua como esfoliante, diminuindo a espessura da camada mais superficial da pele. Além disso, remove o tampão de queratina e sebo que se forma sobre a glândula sebácea que entope os poros, causando os cravos e as espinhas. O ácido glicólico também estimula a produção de colágeno e a renovação celular, evitando as cicatrizes da acne e mantendo a pele uniforme.
Outro ácido com ótimo resultado no tratamento da acne é o mandélico já citado, que controla a produção de pigmento, sendo bem importante no tratamento da acne para evitar as manchas pós-inflamatórias. Mas além disso, o ácido mandélico também auxilia no controle da oleosidade, que é um das principais causas do aparecimento da acne.
Peeling Secativo da Extratos da Terra
Reúne em um só produtos esses 3 ácidos: ácido salicílico, mandélico e glicólico + o acneol. Esse último é um blend de ingredientes que agem de forma global e em diversos mecanismos para controle da acne.
As concentrações de ácidos no Peeling Secativo são 5% de ácido mandélico, 3% de ácido glicólico e 2% de ácido salicílico no pH entre 3,80 a 4,5, sendo possível usar em todos os tipos e fototipos de pele.
Peeling Anti-idade
Peles envelhecidas têm uma combinação de alterações que levam ao aparecimento das linhas de expressão, rugas e manchas na pele. Por isso, um peeling para o tratamento anti-idade precisa agir em todos esses aspectos.
As manchas estão presente na pele envelhecida porque todo o sol que você está exposto durante a vida, vai refletir em alterações na pele, deixando manchas marrom e a coloração não uniforme. Outra alteração na tonalidade de peles envelhecidas é a palidez devido a redução da taxa de renovação celular.
Um dos ácidos mais eficientes para o tratamento anti-idade é o mandélico, já citado anteriormente. O ácido mandélico age através de dois estímulos: o físico, aumentando a taxa de renovação da pele, que fica reduzida com a idade, e o químico, autorregulando a produção de melanina, diminuindo assim as manchas da idade e as alterações solares.
Por acelerar a renovação celular, esse ácido melhora a textura da pele, diminuindo as linhas finas. Seu efeito é gradativo, melhorando a qualidade da pele, deixando-a mais iluminada e mais uniforme. Outro fato interessante é que o ácido mandélico provoca menos irritação na pele, sendo possível usar em todos os tipos de pele nos tratamento anti-idade.
Mandelic Peel
O Mandelic Peel possui 10% de ácido mandélico, sendo eficaz no tratamento anti-idade e pode inclusive ser usado em peles envelhecidas que também apresentam melasma, sem risco de dar efeito rebote.
Além disso, o Mandelic Peel serve para a preparação da pele em tratamentos com laser e no tratamento pós-laser. Como resultado tem a diminuição da incidência de manchas após o procedimento.
No preparo da pele para o laser, deve-se usar o ácido de 2 a 4 semanas antes da aplicação do laser e após a reepitelização. Quando usado para o pré e o pós-operatório, a inflamação e a hiperpigmentação raramente ocorrem, o que se deve ao seu efeito bactericida e cicatrizante.
Peeling para estrias
Antes de mais nada, os peelings não se restringem apenas ao rosto. Eles também são ideais para o corpo, como, por exemplo, no tratamento de estrias.
O peeling para estria precisa ter ação principal de renovação celular, de modo a estimular o preenchimento da pele no local da cicatriz. Somado a isso, deve agir na coloração para que a pele fique com tom uniforme e as estrias fiquem imperceptíveis.
Nesse conceito, os ácidos que mais se adaptam ao tratamento de estrias são o ácido hialurônico, o ácido mandélico e o ácido lático.
Como já vimos, o mandélico trabalha na uniformização da cor e por isso é muito importante para deixar a cor da estria no mesmo tom do resto da pele. O ácido lático é um excelente renovador celular, pois estimula a produção de novas células para o preenchimento da cicatriz. Além disso, tem excelentes propriedades hidratantes, essenciais para evitar um novo desgaste das fibras de colágeno no local das estrias.
O ácido hialurônico não é classificado como um peeling químico. Mas tem excelentes resultados no preenchimento da pele e na renovação celular, uniformizando o relevo das estrias. Além do mais, é um hidratante biológico que evita a formação de novas estrias.
A combinação de 5% de ácido mandélico e de 5% de ácido lático está presente no Peeling Químico Corporal. Ele ainda conta com 2% de ácido hialurônico, que tem efeito preenchedor e hidratante. Além disso, por não ser considerado um peeling químico, o ácido hialurônico não tem restrição de uso ou de porcentagens.
Esse peeling químico é específico para aplicar pontualmente nas estrias para que se obtenha esse efeito preenchedor na cicatriz e uniformizador da pele. Além disso, é ideal para preparação da pele antes de qualquer tratamento corporal, facilitando e potencializando os tratamentos que vem na sequência.
Combinação de peelings com a gluconolactona
Um dos peelings mais modernos e versáteis é a gluconolactona, um poli-hidroxiácido de quarta geração obtido pela oxidação da glucose do milho. É um excelente ativo para o tratamento de peles fotoenvelhecidas, sensíveis, com acne, dermatites ou outros problemas que deixam a pele irritada e ressecada.
Além de estimular a renovação celular, a gluconolactona também tem a capacidade de armazenar água, sendo, portanto, um esfoliante que não resseca a pele. Nos tratamentos anti-idade ou de prevenção ao envelhecimento, o ingrediente melhora a textura da pele, uniformiza a coloração, diminui rugas e linhas de expressão. Além disso, melhora também a firmeza em todos os fototipos.
A gluconolactona é um componente que já possuímos na pele, e sua molécula promove um efeito esfoliante comparado ao do ácido glicólico. Porém não causa nenhum desconforto em peles sensíveis. Ideal para todos os fototipos e não apresenta fotossensibilidade na pele, podendo ser usada com tranquilidade em todas as estações do ano.
Quais outros tratamentos a gluconolactona é bem vinda?
Devido às suas características, também pode-se usar em tratamentos de áreas sensíveis como a região dos olhos e lábios. Além disso, pode compor tratamentos antes e depois de procedimentos como laser e microdermoabrasão.
Também tem efeito comprovado para reduzir a irritação da pele por outros componentes ou para o tratamento de peles que já se apresentam irritadas e inflamadas. Dessa forma, age como um ingrediente reconstrutor da barreira de proteção e um inibidor de mediadores de inflamação como o IL-1 e o PGE-2.
Em tratamentos de acne, a gluconolactona é capaz de modificar a queratinização das células, prevenindo os comedões. Além disso, tratar a acne pelo efeito anti-inflamatório e anti-irritante.
A gluconolactona também possui efeitos positivos no tratamento de peles fotoenvelhecidas. Neste caso diminui não só as rugas e as linhas de expressão, mas também uniformizando a pele.
Devido ao fato de a sua molécula possuir várias hidroxilas, a gluconolactona atrai água para a sua estrutura, sendo, portanto, um hidratante biológico. Também por seu tamanho ser maior que o do ácido glicólico, penetra mais lentamente na pele, não causando desconforto na hora da aplicação.
Um peeling que possui 10% de gluconolactona em um pH entre 3,8 a 4,5 é o Hydra Peel.
Esse peeling é o mais indicado para peles sensíveis, e como ele tem diversas ações, pode-se combinar com qualquer tratamento, indo desde uma hidratação até o tratamento de melasma e acne. Inclusive pode ser associado aos outros peelings já mencionados e, de preferência, ser usado depois deles devido aos efeitos anti-irritantes e hidratantes que ocasionam.
Quer saber como adquirir ou saber mais sobre cada um desses peelings da Extratos da Terra? Acesse nosso site: www.extratosdaterra.com.br
peelings com excelentes performance em diversos protocolos.
clientes satisfeitas com os resultados, com isso consigo mante-las disciplinadas nos tratamentos em cabine e tb em home care.
Bom dia, obrigada pelos esclarecimentos sobre peelings. Tenho várias clientes que já estão procurando e estou nesta área apenas a dois anos e confesso que tinha medo do uso de peeling nas clientes. E comecei minhas atividades só com os produtos da Estratos da Terra e recomendo, são maravilhosos.
Olá Vera,
Ficamos felizes em saber que você gostou do conteúdo.
Muito obrigada pela confiança em nossa marca trabalhamos sempre em busca do melhor produto e qualidade para nossos clientes
Qual o tempo de um peeling para outro?
Oi Daniela,
O tempo de uma sessão e outra vai depender muito da avaliação da pele que deve ser feita antes de iniciar o tratamento e também depende do tipo de protocolo utilizado. Normalmente as sessões são 1 vez por semana, mas como mencionado pode variar conforme o tipo de pele.
Continuamos a disposição.
Parabéns pelo o artigo publicado adorei tirou todas minhas dúvidas pois estou entrando na área agora.