O ácido tranexâmico é um ingrediente valioso no tratamento de manchas, principalmente no melasma. Mas apesar de o nome mencionar ser um ácido, esse ingrediente não tem ação descamativa ou queratolítica como os conhecidos ácido glicólico ou mandélico. Seu mecanismo de ação é diferente, e vamos explicar mais à frente.
Esse ingrediente tem sido usado na forma tópica, oral ou injetável. Vários artigos científicos vêm estudando o efeito do ácido tranexâmico no tratamento de melasma, inclusive comparando os resultados entre as diferentes formas de uso desse ácido.
Alguns desses estudos mostram que a forma injetável do ácido tranexâmico traz um resultado mais rápido, mas que, por outro lado, em um período de uso mais longo, não difere do resultado de sua aplicação tópica. Então, a forma de uso tópico ainda tem sido a mais segura e que traz excelentes resultados.
Na forma oral, o ácido tranexâmico é usado para tratar a perda de sangue durante cirurgias e em várias condições médicas. Por ser um ingrediente de uso farmacêutico, precisa-se avaliar bem antes da prescrição do medicamento.
Ácido tranexâmico para o melasma
O ácido tranexâmico (AT) tem forte ação na diminuição do melasma porque é um inibidor da plasmina, proteína ativada tanto pela exposição ao sol quanto pelo fator hormonal, levando à pigmentação da pele.
O melasma, por sua vez, tem como principais gatilhos exatamente estes dois fatores: a exposição ao sol e os hormônios, sejam eles do uso de contraceptivos ou devido à gravidez.
Confira na imagem a seguir o mecanismo de ação do ácido tranexâmico no controle do melasma.
A radiação solar que incide sobre os queratinócitos faz com que o ativador de plasminogênio, presente nas células da pele, converta a proenzima plasminogênio na enzima plasmina. As mulheres que sofrem com efeitos do uso de anticoncepcional ou que estão grávidas têm nível elevado de ativador de plasminogênio na pele, e por isso o melasma é comum nesses casos.
Então, com a enzima plasmina ativa, três pontos-chaves na produção de melanina são acionados:
1 – Libera-se o ácido araquidônico, induzindo a cascata inflamatória e a consequente produção de melanina.
2 – Tem-se o estímulo do fator de crescimento de melanócito, aumentando a atividade dessas células produtoras de pigmento.
3 – Acontece o estímulo da produção do hormônio α-MSH, principal ativador da tirosinase para a formação da melanina.
Dessa forma, o ácido tranexâmico, ao bloquear a conversão do plasminogênio em plasmina, impede todas as reações em cadeia que vêm depois e que acionam a produção da melanina. Com todas essas ações o AT não só melhora o melasma, como também pode reduzir a probabilidade de recorrência da mancha.
Tem efeito rebote?
Nenhum estudo científico indicou efeito rebote do ácido tranexâmico na mancha. Além disso, uma vantagem deste ácido é que ele não age em tecidos saudáveis, tendo ação apenas em peles que sofreram algum tipo de dano. Por isso, é bem seguro.
Os estudos apontam que o ácido tranexâmico de uso tópico é muito mais seguro e isento de efeitos adversos sistêmicos quando comparado ao uso oral. De qualquer forma, poucos estudos mostraram efeitos colaterais locais.
Outros efeitos do AT na pele
O ácido tranexâmico ajuda no melasma e também reduz as manchas escuras decorrentes das olheiras vasculares, pois age como quelante de ferro.
Além disso, o ácido tranexâmico promove uma limpeza na pele. É isso mesmo! Esse ingrediente destrói proteínas e resíduos inúteis para as células, o que reforça o sistema de defesa e rejuvenesce a pele.
Onde encontrar o ácido tranexâmico?
Nesse produto o AT está associado de forma sinérgica a outros ingredientes clareadores, como ácido mandélico (6%), biolumitá® e ferula foetida no pH entre 4 e 5.
O Tranex Peel age na epiderme removendo as células que já estão pigmentadas e, ao mesmo tempo, inibe alguns mecanismos que ativam a síntese de melanina no melanócito. Também promove uma eficaz remoção de pigmentos já instalados no estrato córneo decorrentes da exposição solar, de processos inflamatórios, da idade ou do melasma, através da esfoliação química que auxilia no desprendimento das células.
Por último, mas não menos importante, o peeling químico evita a pigmentação das células por inibir a transferência da melanina já produzida para os queratinócitos e reforça o sistema de defesa da pele.
O Tranex Peel é um peeling químico para o tratamento de manchas na pele. Apesar do ácido tranexâmico ser muito indicado para associação com o microagulhamento, o Tranex Peel não pode ser usado após ou durante o procedimento de microagulhamento por conter o ácido mandélico na sua formulação. Porém, é uma excelente opção para preparar a pele antes de microagulhar. Outra indicação do produto é no tratamento de olheiras de causa vascular, já que o ácido tranexâmico age na quelação do ferro.
Como usar o Tranex Peel
Com a pele limpa e seca, aplique o Tranex Peel sobre a região que deseja tratar. Deixe agir por 15 minutos (observando a tolerância da pele). Após esse período, retire o produto com algodão embebido em água e seque a pele com papel-toalha.
Dica: para hipercromias resistentes como o melasma, após a quinta aplicação do peeling aplique o Tranex Peel somente na área onde a mancha é mais forte. Deixe agir por 5 minutos e reaplique o peeling apenas na hipercromia, realizando movimentos de fricção. Depois, deixe por mais 10 minutos. Passado esse tempo, retire o produto da pele como indicado nas imagens acima.
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